R.I.P. 2016
Dezembro 27, 2016
J.J. Faria Santos
Cada um de nós trata do argumento. Adaptado, claro, embora alguns iludidos tenham a presunção da originalidade. Não temos bem a certeza de quem dirige. Umas vezes parece um Spielberg ou um Wes Anderson, outras um Tarantino ou um Scorsese. Entre uns e outros há um assomo de Bergman. Da banda sonora da nossa vida queremos ter o controlo total e absoluto, porém, temos o poder de organizar a colectânea mas dependemos dos criadores para ilustrar as nossas emoções. 2016 tem sido particularmente cruel: Bowie, Prince, Cohen e, agora, George Michael. Quando um artista abandona o palco, permanece a sua voz para desafiar a eternidade. E para nos ajudar a sermos um pouco loucos, sabotando o nosso distorcido e sobrevalorizado sentido do ridículo.