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NO VAGAR DA PENUMBRA

NO VAGAR DA PENUMBRA

O MINISTRO DA COMPAIXÃO

Dezembro 22, 2015

J.J. Faria Santos

caravaggio.jpg                                           "A Anunciação" de Caravaggio

                                           (Courtesy of www.bertc.com)

 

Em diálogo com Frederico Lourenço, transcrito na revista 2 do Público de 20/12/2015, a dado passo Frei Bento Domingues refere que “Jesus está sempre à mesa com aqueles que são vistos como pecadores e marginais” e, mais à frente, nota que “ter o coração junto da miséria dos outros é mais importante do que saber como é que havemos de os culpar”.

 

Num texto escrito anteriormente para o Expresso, Frederico Lourenço frisara que o Natal tem “uma verdade essencial (…) tragicamente ilustrativa da natureza humana”. Vê no facto do Filho de Deus ter nascido num estábulo “a mais requintada das verdades poéticas” e no massacre dos inocentes decretado por Herodes o prenúncio de uma padrão de “genocídios e massacres [que] pautam desde sempre a história da Humanidade”. E conclui: “Este Deus não veio ao mundo para ser recebido como Deus, mas como um marginal, um criminoso, um ‘pobre de Cristo’”.

 

Em A Verdadeira História de Jesus, E. P Sanders escreveu que “o tom geral do ensinamento de Jesus é a compaixão em relação à fraqueza humana”, pelo que o seu ministério privilegiava a “compaixão” em detrimento do “juízo”, não sendo particularmente “orientado para o arrependimento”. É este revolucionário compassivo que apetece celebrar, sobretudo a liderança moral que põe as margens no centro da dignidade humana.

 

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