No surreality show Palácio Cor-de-Rosa não foi permitido o televoto; a votação foi presencial. Marcelo S. teve a esperada e retumbante vitória. Seguindo na esteira dos concorrentes simpáticos e calorosos (o Zé Maria, o António), ele optou por uma participação afectuosa e popular. Ou então, soube jogar, como dirão as domésticas, as reformadas e a juventude sedenta de fama que tão bem sabem deslindar as manigâncias destes formatos. É verdade que num certo frente-a-frente descambou para a picardia com Sampaio N., mas isso foi apenas uma falha momentânea na fleuma ou um esgrimir lúdico da sua verve iluminada. Dos restantes concorrentes, destaque para o bom desempenho de Marisa M., relegando para lugares mais recuados o republicano, comunista e católico Edgar S. e a republicana, socialista e católica Maria B. Quanto a Vitorino S., entreteve-se a distribuir “santinos”, e logrou obter mais votos do que o grande combatente anti-corrupção, Paulo M., e do que o socialista de estimação de José Gomes Ferreira, Henrique N. E a voz? A voz é do povo. Que é quem mais ordena. Como disse, lá do seu lugar na esquerda da direita, o concorrente vencedor.